Projeto de Renato Câmara pode tornar Orquestra Sinfônica de Campo Grande patrimônio cultural
19/09/2017 14h39 - Por: Dênes de Azevedo
A orquestra sinfônica municipal de Campo Grande pode ganhar o reconhecimento como patrimônio cultural imaterial no Estado de Mato Grosso do Sul, conforme proposição apresentada durante a sessão desta quarta-feira, de autoria do deputado Renato Câmara (PMDB).
"Reconhecer a orquestra como patrimônio imaterial tornará a instituição mais sólida e ajudará a buscar financiamento junto aos entes públicos e privados para promover ações em cidades diversas, não sendo apenas concertos, mas também ações educativas e de formação", justificou o deputado.
De acordo com o coordenador da orquestra, Jardel Vinícius Tartari, o projeto de lei de Renato de Câmara, além de valorizar a cultura e a música sul-mato-grossense, é de fundamental importância para garantir e estimular a continuidade dos trabalhos e das atividades da sinfônica ao longo das próximas décadas. "Éum reconhecimento que de certa forma eterniza a orquestra como patrimônio do Estado, tornando a instituição insolúvel e potencializando o nome para expansão da música sul-mato-grossense", destacou.
A orquestra sinfônica da Capital, instituída pela Lei Municipal 4.403/2006, tem realizado concertos por todo Estado, inclusive, participou de festivais internacionais na Bolívia, Paraguai, Argentina e Chile. A atuação da orquestra também tem sido de integração e valorização da música regional de Mato Grosso do Sul, por meio de concertos que contam com a viola caipira ou viola brasileira e a viola de cocho.
Além dos espetáculos, a orquestra mantém um permanente programa de incentivo e aperfeiçoamento técnico para jovens músicos, absorvendo promissores talentos da cidade por entender que deve fomentar o cenário musical erudito. Atualmente a Orquestra Sinfônica Municipal é conduzida pelo maestro Eduardo Martinelli. Formado em Violão Erudito pela Faculdade de Música de Santos no ano de 1998, o maestro também desenvolveu seu talento com o violoncelo e violino, além de ter estudado regência de orquestra. Martinelli já conduziu a Orquestra Sinfônica do Projeto Guri de Santos, em São Paulo e foi fundador da Orquestra de Câmara de Itanhaém e da Orquestra Barroca de Mato Grosso do Sul.